27 novembro 2013
Histórias: O guarda-chuva ambulante
Frutos do Espírito Santo
Em João 15:1-2 Jesus se expressou assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto Espírito Santo. Esta é a única maneira que demonstra que somos realmente discípulos de Cristo. (Mateus 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho. (João 15.8)
O fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus em nossos corações (Romanos 5.5) Lendo em Gálatas 5.22 verificamos que o fruto do Espírito pode se apresentar de 9 formas distintas:
1. Amor (gr. ágape): É o amor divino para com a humanidade perdida. (João 3.16) É um amor imutável, sacrificial, espontâneo e que nos leva a amar até os próprios inimigos. (Mateus 5.46,48)
2. Alegria (gozo): é o amor exultante. É uma alegria constante na vida do crente, decorrente de seu bem-estar com Deus. Este amo se manifesta inclusive nas tribulações. (2 Coríntios 7.4; Atos 13.52)
3. Paz: A paz é o amor em repouso. É uma tranquilidade íntima e perfeita, independente das circunstâncias. Podemos desfrutar da paz em três sentidos: Paz com Deus (Romanos 5.1; Colossenses 3.15); paz com o próximo (Romanos 12.18; Hebreus 12.14) e a paz interior. A paz que guarda nossos corações e os nossos sentimentos em Cristo Jesus. (Filipenses 4.7) Os ímpios não tem paz! (Isaías 48.22)
4. Longanimidade (paciência): É o amor que suporta a falta de cortesia e amabilidade por parte dos outros. (Efésios 4.2; 2 Co 6.4) É a paciência de forma contínua. Paulo reconheceu a paciência de Jesus Cristo para com ele. (1 Timóteo 1.16) Em 2 Coríntios 6.4-6 Paulo fala da muita paciência.
5. Benignidade: É uma forma de amor compassivo e misericordioso. É a virtude que nos dá condições de sermos gentis para com os outros, expressando ternura compaixão e brandura. A benignidade de Deus na vida de Paulo impediu de o carcereiro de Filipos se suicidasse. (Atos 16.24-34)
6. Bondade: É a prática do bem, o amor em ação. É ser uma bênção para os outros. (Romanos 15.14) e alcança o favor de Deus (Provérbios 12.2). É o amor generoso e caridoso. Se antes fazíamos o mal agora Cristo nos capacita para sermos bons cidadãos.
7. Fé: Não é apenas crer e confiar. É também ser fiel e honesto, pois Deus é fiel. (1 Coríntios 1.9) Através desta virtude o crente se mantém fiel ao Senhor em quaisquer circunstâncias. Descobrimos se temos esta qualidade quando somos desafiados à infidelidade. É o amor em sua fidelidade a Deus. (1 Pedro 1.6,7)
8. Mansidão: Virtude que nos torna pacíficos, com serenidade e brandura diante de situações irritantes, perturbadora e desagradáveis. Antes éramos agressivos e nos irritávamos com qualquer coisa que nos contrariava. Jesus falou para aprendermos a mansidão com ele. Ele se conservou manso diante de seu traidor. (1 Pedro 2.21-23), e curou a orelha do servo do sumo sacerdote que fazia parte dos que tinham ido prendê-lo. (Lucas 22.51) É o amor submisso a Deus.
9. Temperança (Domínio próprio): Deus respeita o nosso livre arbítrio e por isso não nos domina, mas nos guia na verdade. Além da orientação do Espírito Santo contamos com o domínio próprio que atua como um freio contra as paixões da carne as quais vão contra os propósitos de Deus para nossa vida. De vez em quando somos tentados, velhas paixões e coisas ilícitas podem bater à porta de nosso coração (1 Coríntios 10.13 ; 2 Pedro 2.9) mas através dessa virtude o crente avalia e reconhece que a vontade de Deus é mais importante e assim ele é vitorioso. (Mateus 10.37-39). É o domínio próprio que nos aperfeiçoa em santidade, por isso precisamos cultivá-lo (1 Coríntios 6.12; 9.25) É o amor disciplinar de Deus. O domínio próprio envolve todas as áreas de nossa vida: os pensamentos, as palavras e nos atos.
Conclusão: A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação: fruto (João 15.2a); mais fruto (João 15.2b); muito fruto (João 15.5,8) e o fruto permanente (João 15.16) Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para darmos o fruto do Espírito Santo afim de que sejamos espirituais e não mais carnais.
O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior. É Ele quem nos impulsiona a buscar a plena vontade de Deus para nossa sua vida. (Romanos 12.1-2; 2 Coríntios 7.1) Por sua vez a busca pela vontade de Deus envolverá o exercício de nossa fé (fidelidade) e esta opera a maturidade. (Hebreus 5.14)
Uma pessoa madura na fé experimenta o melhor de Deus, as coisas excelentes. Vejamos a oração de Paulo pelos filipenses: “E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.” (Filipenses 1.9-11)
Este é o plano de Deus para a restauração completa do ser humano.
"Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; aprovando o que é agradável ao Senhor" - Efésios 5:9-10